A obesidade infantil é definida, como nos adultos, uma enfermidade crônica que vem acompanhada de múltiplas complicações, caracterizada por um acúmulo excessivo de massa de gordura. Entre os transtornos nutricionais infantis a obesidade é um dos problemas de saúde mais frequentes, atinge uma em cada cinco crianças, por isto, é considerado um grave problema de saúde pública e principal doença relacionada à nutrição. 

A obesidade pode ter início em qualquer época da vida, mas seu aparecimento é mais comum especialmente no primeiro ano de vida, entre cinco e seis anos de idade e na adolescência, mas deve-se considerar que em qualquer fase da vida a obesidade exige uma atenção especial. O excesso de peso na infância acontece geralmente por uma combinação de fatores, sendo que o mais significativo são hábitos alimentares errôneos, mais de 95% dos indivíduos que desenvolvem obesidade é por causa nutricional. 

Os maus hábitos alimentares adotados pelas crianças têm conseqüências que vão além da obesidade. A escolha de alimentos pobres do ponto de vista nutricional, além de ocasionar o ganho de peso, implica um quadro sério de deficiências nutricionais nesta população. Para combater a obesidade infantil inclui o acompanhamento com um profissional, modificações no comportamento e nos hábitos de vida (tanto da criança como o da família), dieta equilibrada, sem grandes restrições alimentares, combinada com exercícios físicos diários.  

Quanto à reeducação alimentar, deve ser sugerido dietas flexíveis e que atendam às necessidades nutricionais da criança. A orientação dietética deve proporcionar o controle do peso; crescimento e desenvolvimento normais da criança; macro e micronutrientes em proporção adequada; manutenção do tecido muscular; ausência de conseqüências psicológicas; manutenção dos hábitos alimentares corretos e modificação dos inadequados. Certamente essas atitudes podem ser consideradas a melhor maneira de conduzir o problema.